quarta-feira, 5 de maio de 2010

Cícero Dias


Melância, 1940

óleo sobre tela

130 x 94cm
Cícero Dias tinha como característica a utilização de cores alegres, representando um cenário brasileiro repleto da alegria característica de seu povo.

Alfredo Volpi


Abstrato, 1957

óleo sobre tela

165 x 102cm
Volpi passou por um processo onde suas formas foram ficando cada vez mais simplificadas e menos figurativas, esse quadro representa essa última fase, com fitas multicoloridas formando uma composição agradável.

Visita agendada - Formas e Revelações

O museu da FAAP disponibiliza visitas agendadas com educadores.
Basta ligar para (11) 36627200 e agendar.

Anita Malfatti




Monteiro Lobato fez uma crítica ao estilo de Anita Malfatti plublicada no O Estado de São Paulo com o título "A propósito da exposição de Anita Malfatti", republicada em 1919 com o título "Paranóia ou Mistificação?", onde comparava o trabalho de Anita com desenhos de internos de manicômios. "Há duas especies de artísta. Uma composta dos que veem normalmente as coisas(...) A outra espécie é formada pelos que veem anormalmente a natureza e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. (...) Embora eles se deem como novos, percussores de uma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a paranóia e com a mistificação. (...) Essas considerações são provocadas pela exposição da senhora. Malfatti ondese notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentidos das extravagâncias de Picasso e compania."
Tal crítica fez com que jovens intelectuais e artístas se unissem a favor de Anita e da nova arte culminando com a Semana de Arte Moderna em 1922.

Estudo para a boba, 1915/16
Carvão sobre papel
59 x 40cm

Paisagem de Pinheiros - Clóvis Graciano

Nesse quadro podemos citar a agressividade das críticas presentes nas obras de Cláudio Graciano, representadas aqui com a paisagem de Pinheiros durante uma enchente.

Jesuíta de Perfil - Cândido Portinari

Em suas obras, o pintor conseguiu retratar questões sociais sem desagradar ao governo e aproximou-se da arte moderna européia sem perder a admiração do grande público. Suas pinturas se aproximam do cubismo, surrealismo e dos pintores muralistas mexicanos, sem, contudo,se diatanciar totalmente da arte figurativa e das tradições da pintura. O resultado é uma arte de características modernas.

O Sapo - Tarsila do Amaral

Nesse quadro é possível frisar as principais características de Tarsila do Amaral, como a forte influÊncia cubista presente em suas obras, mas com um estilo único que se utiliza de formas arredondadas e simplificadas.

Cândido Portinari



Capataz, s/d

Carvão sobre papel

272 x 102cm
Portinari costumava desenhar trabalhadores da terra, exagerando no tamanho de suas mãos para enfatizar esse trabalho.

Formas e Revelações

A exposição "Formas e Revelações" do museu da FAAP tem o objetivo de mostrar a tragetória de diversos artistas modernistas ao longo de sua carreira, ela conta com grandes nomes da pintura como Tarsila do Amaral, Volpi, Cícero Dias, entre outros.
São apresentadas obras de vários períodos das carreiras desses artistas mostrando sua evoluções e mudanças.
Um exemplo disso são os quadros de Anita Malfati posteriores à semana de 22 e à crítica de Monteiro Lobato, mostrando como ela perdeu sua "força" inicial após o ocorrido.
A exposição, embora pequena, não é superficial e atinge seu objetivo de mostrar a evolução dos artistas modernistas.

Modernismo no Brasil

No Brasil, os artistas que adotaram o modernismo tinham a intenção de criar uma arte nacional. No entanto, visto que a característica principal do pais e a mistura de povos e culturas,o movimento sofreu grande influencia das vanguardas européias. Essa prática foi denominada antropofagia, ou seja, absorver o que há de melhor no exterior e adequar a temas brasileiros.
Os precursores da arte moderna no Brasil foram Lasar Segall (primeiro artista a fazer uma exposição modernista no Brasil, e que foi completamente ignorado pela critica); Anita Malfatti (que teve a exposição pichada por uma critica de Monteiro Lobato); e os participantes da Semana de Arte Moderna (1922), como Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro...

O que é arte moderna?

O modernismo foi um movimento do início do século XX, que tinha a intenção de romper com a estética existente e as regras ensinadas pela Academia de Belas Artes, criando assim um estilo novo onde cada artista tem autonomia para expressar a sua individualidade, abandonando o belo clássico. Encontravam embasamento nas idéias de Einstein, e sua Teoria da Relatividade; de Freud, e a concepção de que cada individua tem uma percepção única do mundo. Aliado a isso, veio a industrialização acelerada, fazendo com que a sociedade mudasse seu olhar em relação ao desenvolvimento dela própria, permitindo uma forma nova de vê-la e representá-la.

Esse movimento alcançou diversos ramos artísticos, como design, arquitetura, pintura, escultura, literatura e música; a partir de diversas vanguardas (cubismo, futurismo, expressionismo, dadaísmo, surrealismo...).

“Arte, em última análise, é sentimento, e nada possui tanto poder deformador – pode-se empregar uma palavra mais bonita – tanto poder transfigurador do que o sentimento. [...] A imagem, na sua verdade visual, não basta às necessidades de expressão do artista. [...] Então ele modifica, altera, deforma a imagem que representa a realidade exterior, podendo mesmo suprimi-la, como no Abstracionismo, para representar ou expressar suas realidades interiores. Assim sempre tem acontecido, na história da pintura ou nas necessidades de expressão do homem, em quaisquer outras artes.” (CAVALCANTI, Carlos. Como entender a pintura moderna. Rio: Ed. Rio, 1981, p. 68)